Em Portugal, existiam, em 2021, mais de quatro milhões de alojamentos familiares clássicos. Destes, 70% (cerca de 2,9 milhões de alojamentos) serviam de residência habitual dos respetivos proprietários. Os restantes destinavam-se a arrendamento (22%) e a outras situações (8%).
Estes dados foram divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) e encontram-se na publicação “O que nos dizem os Censos sobre a Habitação”, que apresenta o estudo relacionado com o parque habitacional do País realizado no âmbito dos Censos 2021. As características dos edifícios e dos alojamentos, as necessidades de reparação dos edifícios, a forma de ocupação e o regime de propriedade dos alojamentos familiares clássicos e os encargos com a habitação são as áreas analisadas na publicação do INE.
Nos cerca de 2,9 milhões de alojamentos familiares clássicos ocupados pelos proprietários, quase dois terços destes não tinham encargos mensais com a aquisição. De referir que metade destes proprietários residia nas respetivas casas há mais de 30 anos.
Quanto aos proprietários que mantinham encargos mensais com a aquisição da casa (cerca de 1,1 milhões), metade tinha uma prestação com um valor entre 200 e 400 euros. Tinham um encargo mensal inferior a 200 euros menos de um quinto dos proprietários. Um quinto dos alojamentos representava para os respetivos proprietários um encargo mensal entre 400 e 650 euros. A pagar entre 650 e 1000 euros mensais encontravam-se aproximadamente 63 mil proprietários (6%). Os restantes 3% (cerca de 32 mil proprietários) pagavam mais de 1000 euros por mês.
Em Portugal, o valor médio dos encargos mensais devido à aquisição de habitação era de 361 euros. Acima deste valor encontravam-se apenas a Área Metropolitana de Lisboa (397 euros), a Região Autónoma da Madeira (394 euros) e o Algarve (374 euros). Nas restantes regiões do País, o montante mensal dos encargos era inferior à média nacional, apresentando a Beira Baixa o valor mais baixo (299 euros).
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Em 2021, 22% dos alojamentos familiares clássicos (cerca de 923 mil) estavam arrendados para residência habitual, sendo, fundamentalmente, propriedade de particulares ou de empresas privadas. Destes, dois terços eram ocupados pelos mesmos inquilinos há menos de 10 anos. Em contrapartida, 13% dos arrendamentos duravam há 40 ou mais anos. Os restantes alojamentos (22%) eram alvo de arrendamentos com duração entre 10 e 39 anos.
O valor médio mensal de renda no País era de 334 euros, mas 29% dos alojamentos estavam associados a rendas superiores a 400 euros mensais, sendo que 2% apresentavam uma renda superior a 1000 euros. Dois quintos dos alojamentos tinham rendas mensais que oscilavam entre 200 e 400 euros e um décimo encontrava-se abaixo dos 100 euros mensais.
As regiões com maior proporção de alojamentos arrendados com valores mensais de renda superiores a 1000 euros eram a Área Metropolitana de Lisboa (4,6%), o Algarve (1,6%), o Alentejo Litoral (1,3%) e a Área Metropolitana do Porto (1,2%).