Basta um bocadinho de açúcar entornado numa mesa ou numa bancada para que as formigas se sintam convidadas a entrar em casa. Ou uma fissura, mínima, numa parede ou rodapé, numa janela. Ou até um pequeno quintal nas traseiras do prédio, ou à volta de uma moradia.
Existem várias formas de evitar pragas de formigas sem recorrer a produtos químicos demasiado agressivos. Alguma irá resultar com o seu caso.
A receita é simples: uma parte de detergente manual da loiça para duas de água. Encha uma embalagem com este preparado – pode ser de um detergente de limpeza já usado e passado por água, com um dispositivo de spray.
Borrife o trilho das formigas com esta solução de detergente e aguarde até elas pararem de se mexer. Depois, passe um pano molhado no local para o limpar. Mantenha a garrafa de spray por perto, mas, claro, fora do alcance das crianças.
O ditado diz que “não é com vinagre que se apanham moscas”, mas o dito não se aplica às formigas.
Ao invés de detergente e água, pode utilizar o mesmo recipiente descrito há pouco, mas desta vez com uma mistura de partes iguais de vinagre e água.
Pode, também, usar o preparado como forma de prevenção: borrife à volta de janelas, portas ou pequenas fissuras das paredes por onde as formigas possam entrar.
Ainda no rico universo dos ditados, há um célebre, recente, que proclama “se a vida te der limões, faz limonada”. Ora, com limões também se pode manter longe as formigas.
A receita também é simples e ligeiramente diferente das anteriores: uma parte de água para três de sumo de limão.
Pode usar-se numa embalagem antiga de detergente, conforme os exemplos que demos antes, borrifando o perímetro por onde passam as formigas com esta solução.
Pode comprar terra de diatomáceas numa loja de jardinagem. Trata-se de um produto natural, muito usado na agricultura, tendo na sua origem fósseis de algas – as diatomites - e que são revestidas por uma camada de sílica. Quando seca e moída, esta combinação dá origem à terra de diatomáceas.
A sua estrutura à base de sílica atua por contacto, desidratando as pragas que estão a atacar as culturas. Use-a a seco nos locais de passagem habitual das formigas. A terra de diatomáceas perde a eficácia quando molhada, ou até quando o ar está húmido, mas recupera quando seca.
Usado para tratamentos antifúngicos e afins, o ácido bórico pode ser comprado em farmácias. É mais uma alternativa para combater pragas de formigas.
À semelhança da terra de diatomáceas, o ácido bórico danifica os exoesqueletos das formigas. Trata-se de um pó branco ou azul que pode ser espalhado nas áreas de tráfego de formigas, como rodapés ou janelas.
Não é um pesticida tóxico, mas não deve ser consumido por seres humanos ou animais. Evite usá-lo em áreas onde crianças e animais brinquem, ou próximo de fontes de alimento, como despensas.
O ácido bórico pode também ser usado como armadilha. Misture duas colheres de sopa de uma substância açucarada e duas de ácido bórico. Adicione mais ácido bórico se a substância estiver muito húmida. Junte o preparado a pequenos cartões e disponha-os perto dos locais de passagem das formigas.
Quando esta substância, que se assemelhará a uma espécie de xarope, secar, mude as armadilhas com um preparado novo.
Caso nenhuma das soluções atrás referidas resulte, pode ter de tomar uma atitude mais drástica. Se conseguir localizar a origem das formigas, terá de tentar destruir o próprio formigueiro. Num apartamento será, evidentemente, difícil localizá-lo, a não ser que haja um quintal.
A receita é a mais simples de todas: ferva água e despeje-a sobre a abertura na terra onde o formigueiro se situa. Se for grande, pode precisar de nova dose de água a ferver. Tenha alguns cuidados em atenção.
Tape, depois, o formigueiro com pedras ou terra (num quintal) e, num apartamento, com silicone.
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