Se está a pensar construir uma lareira numa divisão da sua casa, há algumas regras fundamentais que deve ter em conta para que esta funcione eficazmente. De pouco serve fazer uma bela lareira se, depois, não funcionar devidamente, podendo causar situações perigosas.
Convém contactar um profissional para o ajudar a instalar a lareira. Selecione profissionais de confiança e validados pela DECO PROTeste.
É muito importante saber onde vai colocar a lareira. Da localização dependerá o volume da lareira e os aspetos técnicos do traçado e da conduta, bem como os elementos decorativos do espaço.
A dimensão da divisão que escolheu para instalar a sua lareira condiciona, também, o tamanho da mesma.
A capacidade de extração do ar quente e do fumo que sobe pela chaminé é designada por tiragem. Existem vários fatores que podem influenciar a tiragem de uma lareira. Por exemplo, a existência de uma fileira de árvores pode condicionar a extração do ar.
Assim, a altura da conduta exterior, bem como a sua posição face aos ventos dominantes, é um fator crucial para o bom funcionamento da lareira.
Uma boa conduta deverá ter a altura mínima de 3,5 ou 4metros, sendo 30 centímetros a um metro mais alta do que o telhado e estar orientada perpendicularmente ao sentido dos ventos dominantes. Para uma maior eficácia, esta deverá ser, no seu interior, o mais reta possível, com ângulos arredondados. Se a conduta for cilíndrica, o escoamento será muito mais homogéneo.
A conduta exterior deve ter uma largura (ou secção) constante em toda a sua altura. A secção da conduta ideal não é fácil de conseguir, pois depende de vários fatores, tais como a altura e a forma da própria conduta, a superfície e o volume da lareira, entre outros.
Saiba que uma conduta com uma secção pequena impede os gases de sairem. No entanto, uma secção grande facilita o arrefecimento dos gases antes destes se libertarem. Assim, o ar frio tem mais dificuldade em subir, ficando preso dentro da conduta. Como tal, a largura ideal é fundamental para uma extração eficaz do fumo.
A conduta exterior deve servir apenas uma lareira.
O local onde se produz a combustão chama-se braseira, e esta deve respeitar duas condições essenciais. Primeiro, deve ser refratária, ou seja, resistente ao fogo. E, depois, deve estar bem isolada, de forma a não transmitir calor ao pavimento.
Os bordos laterais são elementos verticais que ladeiam a lareira. Têm a função de suportá-la e distribuir o calor de forma eficaz. Como tal, a sua forma é importante, ditando, assim, a boa produção, ou não, de calor. Aconselhe-se com o técnico.
A “caixa” é o local onde se produz a combustão e é limitada pela braseira e pelas paredes laterais e posteriores. As proporções da caixa são, assim, mais importantes do que o seu volume.
Por exemplo, a profundidade deverá ser suficiente para que a combustão se produza dentro da lareira. Falando de medidas em concreto, deverá estar compreendida entre os 30 e os 35 centímetros, nunca ultrapassando os 60 centímetros.
Parece estranho, mas é mesmo isto.
A inclinação da parte inferior da conduta permite aumentar consideravelmente a libertação de calor para a divisão. Esta inclinação implica, ainda, a existência de uma válvula que impede que os fumos voltem para trás. A esta válvula dá-se o nome de “garganta de cavalo”.
Para que serve a entrada de ar de uma lareira? Para que haja combustão é necessário a presença de oxigénio, ou seja, tem de haver a entrada de ar para o equipamento.
Esta entrada deve ser sempre colocada a meia altura da lareira e, de preferência, situada no exterior, a um nível mais baixo do que a entrada da conduta. Isto vai permitir que o ar utilizado para a combustão seja ar exterior e não o ar do interior da casa.