Comprar casa é, possivelmente, o investimento mais importante da maioria das famílias portuguesas. É por isso que, na hora de contratar um crédito à habitação, é fundamental procurar as melhores condições de financiamento. Afinal, num contrato que poderá durar décadas, uma má escolha pode traduzir-se em milhares de euros pagos a mais pelo empréstimo.
Saiba como comparar propostas de crédito à habitação.
Comece por consultar o seu banco habitual, mas não deixe de ir à concorrência. Caso lhe ofereçam condições mais vantajosas, partilhe-as com o seu banco e pode ser que, assim, consiga chegar a uma solução ainda mais favorável.
As condições concretas do empréstimo serão detalhadas na ficha de informação normalizada europeia (FINE) que os bancos devem entregar ao cliente, depois de avaliarem a sua capacidade financeira. Terá acesso a diversas informações, nomeadamente ao valor da prestação mensal, dado que lhe permitirá calcular a sua taxa de esforço, ou seja, o peso que o crédito terá no seu orçamento mensal.
Na sua análise, tenha em consideração todos os custos associados ao crédito e não apenas a prestação – que pode ser mais baixa, nalguns casos, mas não o suficiente para compensar seguros ou comissões de valor mais elevado.
Registar numa folha de cálculo as condições das diferentes propostas pode ser uma boa ajuda para compará-las. Veja, de seguida, os critérios que não devem faltar na sua lista.
Esta é a principal variável a ter em conta. A taxa anual de encargos efetiva global (TAEG) reflete o custo total do empréstimo, em que se inclui não apenas a prestação mensal, mas também os prémios dos seguros de vida e multirriscos-habitação, os custos dos produtos subscritos para bonificar o spread, como os cartões de débito e crédito, as comissões bancárias (iniciais e de manutenção de conta, por exemplo) e ainda o imposto de selo.
O montante total imputado ao consumidor (MTIC) é outro dos dados que constam na FINE. Indica o custo total do crédito, incluindo o capital em dívida, os juros e outros encargos.
Embora o crédito mais vantajoso não seja necessariamente o que tem o spread mais baixo, quanto menor for este valor, menor será também a taxa de juro do empréstimo.
Inclua nas contas os encargos anteriores à concessão do crédito, como o custo da avaliação do imóvel e os custos de abertura e análise do processo de crédito, assim como os impostos e os encargos notariais. Essa informação também pode ser consultada na FINE.
Em média, o custo de avaliação ronda os 255 euros (impostos incluídos). Já os custos associados ao processo de crédito, também designados de dossiê, rondam, em média, os 560 euros.
Ao comparar propostas de crédito, inclua também nos cálculos o custo dos seguros (de vida e multirriscos-habitação). Para tal, deve solicitar à seguradora ou ao banco o custo total do seguro de vida, ao longo de todo o contrato de crédito. Não se limite a comparar a tarifa do primeiro ano, pois esta tenderá a aumentar ao longo nos anos.
Pode comparar condições de diferentes produtos de crédito à habitação mesmo sem sair de casa, com uma simulação na página online de um ou, de preferência, vários bancos. A DECO PROteste também disponibiliza um simulador deste tipo, tendo apenas de indicar o valor do imóvel, o valor do financiamento e o prazo do empréstimo. Como resultado, obtém a lista de produtos com melhores condições para o seu caso.