Preço dos imóveis comerciais subiu 5,5% em 2023

O valor de imóveis destinados a lojas, escritórios e empresas aumentou, embora menos do que os destinados a habitação, revela um relatório do INE.

Um relatório do Instituto Nacional de Estatística (INE) revela que o Índice de Preços das Propriedades Comerciais cresceu 5,5%, a taxa de variação média anual mais alta dos últimos dez anos.

Crescimento é menor que na habitação

Apesar do crescimento registado em 2023, os imóveis que se destinam a outros fins que não a habitação – lojas, escritórios, sedes de empresas, por exemplo – ainda observam variações de preço inferiores aos destinados à habitação. 

Este índice, que mede a variação anual de imóveis deste tipo, tem-se aproximado, no entanto, ao que mede a variação das propriedades para habitação.

A recente desaceleração dos preços dos imóveis residenciais (menos 4,4 pontos percentuais), associada ao aumento do ritmo de crescimento dos preços das propriedades comerciais, conduziu ao menor diferencial das taxas de variação entre os dois indicadores desde 2015. Em 2023, essa diferença estava em 2,7 pontos percentuais.

Imóveis comprados por famílias diminuem

O INE separa os imóveis não destinados a habitação familiar numa categoria, a dos Restantes Setores Institucionais. Em 2023, as aquisições de habitação por este  setor representaram 14,5% e 16,1%, do número e do valor total de transações de imóveis residenciais, respetivamente, sendo que, em qualquer dos casos, essas percentagens foram superiores às observadas em 2022 (13,3% e 14,2%).

Ao todo, as transações realizadas pelos Restantes Setores Institucionais perfizeram 19 747 unidades, num total de 4,5 mil milhões de euros.

Já a venda de habitações às famílias, em 2023, reduziu-se quase 20% face ao ano anterior, 116 752 unidades. Em transações, isso significou um total de 23,5 mil milhões de euros, menos 13,8% por comparação a 2022.