Casas mais caras e com menos compradores em 2023

Preços mais altos e menos transações é o que revela o índice de preços da habitação do Instituto Nacional de Estatística no último trimestre de 2023.

O índice de preços da habitação oscilou em alta no quarto trimestre de 2023, segundo o relatório do Instituto Nacional de Estatística (INE). O aumento, de 8,2%, foi, ainda assim, inferior em 4 pontos percentuais em relação ao período homólogo de 2022.

Queda das transações no final de 2023

A venda de imóveis diminuiu no último trimestre do ano passado – a queda foi de quase 19% por comparação ao ano anterior. Foram transacionadas, nesse período, 34 126 habitações, uma redução de 11% se comparada com o mesmo período em 2022.

O valor das casas vendidas chegou aos 7,2 mil milhões de euros, menos 2,6% face ao quarto trimestre de 2022.

Menos casas vendidas em 2023

A tendência anual de descida nas transações também se verificou. Foram vendidas 136 499 habitações, num total de 28 mil milhões de euros em 2023. Ou seja, uma redução de 18,7% em relação a 2022, em particular nas habitações existentes – uma queda de 21,4% nas vendas.

A venda de casas novas sofreu uma queda de 6% no número de transações, mas um aumento de 2,6% no valor.

Abrindo a lente do estudo para os compradores, as famílias foram responsáveis pela aquisição de 116 752 habitações (23,5 mil milhões euros transacionados). A grandeza dos números é aparente: isso traduziu-se numa redução anual de quase 20% em relação a 2022.

Ao relatório do INE também não escapou quem comprou casa tendo domicílio fiscal fora do País: mais de 10 mil casas compradas significaram uma diminuição de 3,1% face a 2022, por um total de 3,6 mil milhões de euros.