DECO PROTeste Casa - taxa de juro credito habitacao subiu mais alta desde marco 2022 INE

Crédito à habitação: taxa de juro não era tão alta desde março de 2012 (INE)

A taxa de juro no crédito à habitação subiu para 2,532% em fevereiro. Trata-se do valor mais elevado desde março de 2012, diz o INE.

 

A taxa de juro implícita (que reflete a relação entre os juros totais vencidos num mês e o capital em dívida no início desse mês, antes de amortização) no conjunto dos contratos de crédito à habitação foi de 2,532% em fevereiro, divulgou o Instituto Nacional de Estatística (INE). Este valor representa uma subida de 34,9 pontos-base face a janeiro, em que a mesma taxa se fixou em 2,183 por cento.

Segundo o INE, em fevereiro, esta taxa de juro atingiu o valor mais elevado desde março de 2012 (2,620%). Nos novos contratos (celebrados entre novembro de 2022 e janeiro de 2023), a taxa de juro subiu de 3,139% em janeiro, para 3,409% em fevereiro; um aumento de 27,0 pontos-base.

Considerando apenas os empréstimos destinados à compra de habitação (os mais relevantes no conjunto do crédito à habitação, que inclui ainda o financiamento para construção e reabilitação de imóveis), a taxa de juro implícita para o total dos contratos subiu para 2,528% em fevereiro – uma subida de 34,0 pontos-base em relação ao mês anterior. Neste caso, nos novos contratos, a taxa de juro fixou-se em 3,396% em fevereiro (aumento de 25,1 pontos-base face a janeiro).

No mês em análise, a prestação média da totalidade dos contratos de crédito à habitação em fevereiro fixou-se em 322 euros (o valor mais elevado desde março de 2009), o que representa uma subida de sete euros face a janeiro. Do valor da prestação, 41% (132 euros) correspondem ao pagamento de juros e 59% (190 euros) à amortização de capital, informou o INE.

Comparando com fevereiro de 2022, o aumento da prestação média foi de 67 euros (26,3%). Nessa altura, os juros representavam 16% do valor médio da prestação (255 euros).

Nos contratos celebrados entre novembro de 2022 e janeiro de 2023, o valor médio da prestação passou para 569 euros, o que se traduz num aumento de 38 euros entre janeiro e fevereiro.

O capital médio em dívida registou de janeiro para fevereiro um aumento de 177 euros, fixando-se agora nos 62 533 euros. De acordo com os dados do INE, para os contratos novos, o montante médio em dívida diminuiu 1047 euros face a janeiro, cifrando-se em 125 215 euros em fevereiro.