Se pretende contratar um crédito à habitação, antes de avançar, deve calcular a taxa de esforço. Esta indica a percentagem do rendimento mensal líquido familiar que será destinada ao pagamento das prestações ao banco.
Para calcular a taxa de esforço, divida o valor da prestação mensal pelo montante líquido do seu rendimento familiar e multiplique o resultado por 100. Se tiver mais do que um empréstimo, inclua todas as prestações nas contas.
O total não deve ser superior a 35%, caso contrário, estará a destinar uma fatia do seu orçamento familiar superior ao desejável ao pagamento de prestações de crédito.
Por exemplo, uma família com um rendimento mensal de 1250 euros, que destine 425 euros do total ao pagamento de prestações de crédito (300 euros para o crédito à habitação e 125 euros para o crédito pessoal), terá uma taxa de esforço de 34 por cento. Mas basta que a prestação do crédito à habitação aumente para 400 euros para que a taxa de esforço atinja os 42 por cento. Nesta situação, o titular do empréstimo deve tentar renegociar as condições do seu crédito com o banco.
Devido aos aumentos das taxas de juro, o Governo adotou um conjunto de medidas de apoio às famílias. Entre estas, está a obrigação de os bancos renegociarem as condições do crédito aos clientes cuja taxa de esforço ultrapasse os 36 por cento.
A renegociação pode passar pela revisão do spread ou o alargamento do prazo de pagamento do empréstimo. A medida aplica-se aos créditos para compra de habitação própria e permanente, pelo valor máximo de 300 mil euros.
Veja tudo o que precisa de saber sobre a renegociação do crédito à habitação