Ao longo da vida, vai guardando recordações pelos cantos da casa, porque tem pena de deitar fora. No entanto, sem dar conta, pode estar a transformar o seu lar numa feira de velharias.
Precisa de ajuda para “destralhar” o que foi guardando durante anos? Veja as seis dicas que vão fazer toda a diferença. Até vai parecer que a casa é maior.
Tem caixotes ou estantes cheios de revistas ou jornais que foi guardando? A menos que tenha saído uma entrevista sua numa delas, livre-se dessa pilha de folhas.
O mesmo se aplica aos papéis e documentos com 10 anos ou mais e que já não estejam válidos. Fique só com os desenhos dos miúdos e os documentos atuais.
Se armazena publicidade que lhe põem no correio, se calhar está na hora de se desapegar desse hábito. A verdade é que as campanhas publicitárias estão sempre a mudar e pode ter acesso a todas as informações nos sites das marcas.
Informe-se sobre a campanha "Papel por Alimentos" do Banco Alimentar e transforme o seu lixo em comida para pessoas carenciadas.
Por vezes, as garagens tornam-se repositórios de todas aquelas tralhas que não temos coragem de deitar fora, mas que ocupam demasiado espaço dentro de casa.
Neste caso, deverá fazer uma seleção racional do que faz verdadeiramente falta. Deite fora o que estiver danificado, como, por exemplo, aquele brinquedo do seu filho que teima em guardar só por nostalgia, mas que já nem tem todas as partes. O que estiver em bom estado, e já não for utilizado, pense em doar ou dar a algum familiar.
No entanto, existe outro tipo de garagens: as que são autênticos museus de coleções das mais diversas coisas, mas que estão desorganizadas. E aí a solução é arrumá-las de forma a valorizar a sua coleção, comprando estantes para expô-la.
Quantas peças de roupa que já não veste tem no armário? Algumas, não é? Está na altura de tirar tudo cá para fora, experimentar e, por fim, voltar a arrumar só o que utilizar.
Faça o mesmo no quarto dos miúdos. Pegue em toda a roupa que não lhes serve e, em conjunto com a sua, doe a instituições. É uma forma de dar uma segunda vida ao que já não usa. As roupas de bebé até pode guardar para emprestar ao próximo bebé da família, mas é importante não acumular roupa que não tenha destino já definido.
Vá à despensa e veja os prazos de validade dos alimentos que tem guardados. Por vezes, compra-se, por exemplo, enlatados com o intuito de ter sempre uma comida rápida em caso de emergência, mas ficam tanto tempo à espera de uma oportunidade para brilharem no seu prato que acabam por passar do prazo de validade.
Deite fora os alimentos estragados e faça compras a pensar no que vai mesmo consumir, de forma a evitar estas situações.
Comprou uma máquina de lavar roupa nova, mas a sua ainda funciona bem? Não a deixe na garagem a ganhar pó. Existem várias plataformas de venda de aparelhos e objetos em segunda mão.
Pode optar, ainda, por dar a algum familiar ou instituição que estejam a precisar.
Se o eletrodoméstico já não funcionar, recicle-o. Se for de pequenas dimensões (batedeira, varinha mágica, máquina de barbear, entre outros) deve colocá-lo no Ponto Electrão. Se for de grandes dimensões, como é o caso da máquina de lavar roupa ou de um frigorífico, leve-o a um Centro de Resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletrónicos (REEE).
Todas as casas têm aquela gaveta que serve para colocar todos os objetos que não são de mais sítio nenhum. Chaves velhas, cupões, capas de telemóvel, moedas de um cêntimo, agulhas, berlindes, botões, pequenos brindes que oferecem quando se compra alguma coisa, canetas, auscultadores, clipes... enfim, uma panóplia de objetos de todas as formas e feitios.
Por vezes, até temos medo de a abrir, mas algum dia vai ter de acontecer. Arregace as mangas e dê uma volta a essa gaveta.
Deite fora o que não interessa, guarde o que quer para recordação e dê uso a outras tantas coisas que estão lá só a encher.
O truque para “destralhar” é desarrumar tudo, escolher o que verdadeiramente interessa, desfazer-se do que não interessa e voltar a arrumar. Já não é a mesma pessoa que guardou todas estas coisas, por isso, faça um favor a si mesmo e pratique o desapego.