DECO PROTeste Casa - renda mediana novos contratos arrendamento sobe 11 por cento segundo trimestre
iStock

Renda mediana dos novos contratos cresceu 11% no segundo trimestre de 2023

De abril a junho, a renda mediana dos novos contratos de arrendamento subiu 11 por cento. Porém, o número de contratos desceu. Veja os dados do INE. 

 

No segundo trimestre de 2023, foram assinados em Portugal 20 750 novos contratos de arrendamento, e a renda mediana destes atingiu os 7,27 euros por metro quadrado. Tal traduz-se num aumento de 11%, face ao período homólogo, e de 9,6% tendo em conta o valor observado no trimestre anterior.  

No entanto, se, por um lado, as rendas aumentaram, o número de contratos de arrendamento diminuiu, tendo em conta o número registado no mesmo período do ano anterior (21 005), representando, assim, uma descida de 1,2 por cento. 

Estes são dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INE). 

Em relação ao trimestre anterior, o Índice de Preços da Habitação aumentou 3,1 por cento. Por categoria, os preços dos alojamentos existentes aumentaram 3,2%, mais 0,4% do que nos alojamentos novos. 

De abril a junho de 2023, as habitações existentes registaram uma taxa de variação de preços de 11,4%, percentagem superior à das habitações novas (7,3%). 

Lisboa é a zona do país com rendas mais elevadas 

Tendo em conta os valores do trimestre anterior, a renda mediana aumentou em 22 das 25 sub-regiões NUTS III. O maior aumento surgiu no Ave, mais 14,1 por cento. Na Área Metropolitana de Lisboa, a renda mediana aumentou 7,5% e, na Área Metropolitana do Porto, subiu mais 7,8%, face ao período homólogo.  

Foi também na Área Metropolitana de Lisboa que se registou a renda mediana mais alta do país: 11,03 euros por metro quadrado. Segue-se o Algarve (8,35 €/m2), a Região Autónoma da Madeira (8,04% €/m2) e a Área Metropolitana do Porto (7,87 €/m2).  

No que aos novos contratos diz respeito, as duas áreas metropolitanas concentram cerca de 50% dos novos negócios de arrendamento. No entanto, neste segundo trimestre do ano, as zonas de Porto e Lisboa, a par de Região Autónoma da Madeira, Beiras e Serra da Estrela, Alto Minho e Região de Coimbra, registaram um decréscimo homólogo no número de novos contratos. Já com crescimentos acima de 10%, destacam-se a Região Autónoma dos Açores (+30%), o Alto Tâmega (+17,1%), o Baixo Alentejo (+15,8%), o Alto Alentejo (+15%) e a Beira Baixa (+12%).  

Renda mediana subiu nos 24 municípios com mais de 100 mil habitantes

Verificou-se, entre abril e junho de 2023, um aumento homólogo da renda mediana nos 24 municípios com mais de 100 mil habitantes. O grande destaque vai para Lisboa (15,23 €/m2) e Oeiras (13,22 €/m2), pois apresentaram uma subida de 20,8% e 20,2%, respetivamente. 

Segundo o INE, "realçam-se, ainda, com variações homólogas superiores a 20%, os municípios de Vila Franca de Xira (+20,7%) e Guimarães (+20,6%)".

Simultaneamente, o número de novos contratos decresceu, face ao trimestre homólogo, em 13 municípios, evidenciando-se Funchal (-21,7%) e Lisboa (-19,0%).

Saiba o que está em causa no aumento das rendas para 2024.